A prevenção e o diagnóstico precoce do câncer são fundamentais para salvar vidas, assim como o conhecimento sobre a doença e formas de tratamento. Visando disseminar informações sobre os vários tipos de câncer, a Fundação do Câncer investe, anualmente, em campanhas de conscientização, como as promovidas por ocasião do Dia Nacional de Combate ao Câncer, celebrado em 27 de novembro.
Para falar sobre o tema, entrevistamos o diretor-executivo da Fundação, Celso Ruggiero.
Qual a importância das campanhas de conscientização?
Para falar sobre o tema, entrevistamos o diretor-executivo da Fundação, Celso Ruggiero.
Qual a importância das campanhas de conscientização?
Celso Ruggiero: Para cumprir seu papel de prevenir e controlar o câncer, um dos principais focos da Fundação é a mobilização da sociedade, tanto na disseminação da informação quanto na captação de recursos.
Para isso, aproveitamos datas comemorativas, como o Dia Mundial contra o Câncer (4 de fevereiro), Dia Mundial Sem Tabaco (31 de maio), Dia Nacional de Combate ao Fumo (29 de agosto), Dia Mundial de Cuidados Paliativos (2o sábado de outubro) e Dia Nacional de Combate ao Câncer (27 de novembro) para promover campanhas, algumas vezes atuando em parceria com outras organizações.
Sabemos que é preciso fazer um grande esforço de comunicação com todos os públicos, para conscientizar sobre a doença, formas de tratamento e prevenção.
Quais os principais fatores de risco que a Fundação chama a atenção?
CR: O tabagismo é o principal fator de risco para vários tipos de câncer. O tabagismo passivo, causado por fumantes que convivem com não fumantes, também é fator de risco para câncer e várias outras doenças.
O consumo excessivo de álcool provoca cirrose hepática e câncer de fígado e de boca. Estudos comprovam que as bebidas alcoólicas contêm substâncias carcinogênicas, que provocam dano celular e deficiências nutricionais, quando há consumo crônico delas.
Uma das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) é o consumo de frutas variadas e hortaliças, pelo menos cinco vezes ao dia. São alimentos ricos em fibras e substâncias antioxidantes, consideradas de proteção contra o risco da maioria dos tipos de câncer. Deve-se ingerir menos alimentos gordurosos, salgados e enlatados, embutidos e com gordura hidrogenada.
A atividade física é protetora e consiste na iniciativa de se movimentar e evitar o sedentarismo. Estudiosos do tema aconselham, por exemplo, a pessoa a dar uma caminhada e trocar o elevador pela escada, como formas de se movimentar no dia-a-dia.
E a captação de recursos, há uma mobilização para isso?
C.R. Sim, para uma instituição como a nossa é fundamental haver captação para os projetos. Em setembro, estreamos comercial com a atriz Regina Duarte, com o objetivo de captar novos doadores para a Fundação, seguindo modelo bastante usado nos Estados Unidos e na Europa.
Além disso, utilizamos perfis no Facebook e no Twitter para informar sobre os principais fatores de risco, incentivar a detecção precoce e hábitos saudáveis, além de estimular a doação de pessoas e empresas para os projetos da Fundação.
Notamos que há uma tremenda boa vontade em torno da nossa causa, e já recebemos doações de pessoas que organizam festas de aniversário e casamento e pedem contribuições para nós, em vez de presentes, outras promovem bazares para arrecadar fundos para projetos apoiados por nós. A Escola Americana do Rio de Janeiro, por exemplo, já tem um evento anual, assim como o Iate Clube, que promove um chá beneficente.
CR: O tabagismo é o principal fator de risco para vários tipos de câncer. O tabagismo passivo, causado por fumantes que convivem com não fumantes, também é fator de risco para câncer e várias outras doenças.
O consumo excessivo de álcool provoca cirrose hepática e câncer de fígado e de boca. Estudos comprovam que as bebidas alcoólicas contêm substâncias carcinogênicas, que provocam dano celular e deficiências nutricionais, quando há consumo crônico delas.
Uma das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) é o consumo de frutas variadas e hortaliças, pelo menos cinco vezes ao dia. São alimentos ricos em fibras e substâncias antioxidantes, consideradas de proteção contra o risco da maioria dos tipos de câncer. Deve-se ingerir menos alimentos gordurosos, salgados e enlatados, embutidos e com gordura hidrogenada.
A atividade física é protetora e consiste na iniciativa de se movimentar e evitar o sedentarismo. Estudiosos do tema aconselham, por exemplo, a pessoa a dar uma caminhada e trocar o elevador pela escada, como formas de se movimentar no dia-a-dia.
E a captação de recursos, há uma mobilização para isso?
C.R. Sim, para uma instituição como a nossa é fundamental haver captação para os projetos. Em setembro, estreamos comercial com a atriz Regina Duarte, com o objetivo de captar novos doadores para a Fundação, seguindo modelo bastante usado nos Estados Unidos e na Europa.
Além disso, utilizamos perfis no Facebook e no Twitter para informar sobre os principais fatores de risco, incentivar a detecção precoce e hábitos saudáveis, além de estimular a doação de pessoas e empresas para os projetos da Fundação.
Notamos que há uma tremenda boa vontade em torno da nossa causa, e já recebemos doações de pessoas que organizam festas de aniversário e casamento e pedem contribuições para nós, em vez de presentes, outras promovem bazares para arrecadar fundos para projetos apoiados por nós. A Escola Americana do Rio de Janeiro, por exemplo, já tem um evento anual, assim como o Iate Clube, que promove um chá beneficente.
Como as pessoas podem ajudar a combater o câncer e a fazer a prevenção?
CR: Para isso, acreditamos que é necessário trabalhar na base, nas escolas, com as crianças. Nossos governos precisam colocar a questão dos hábitos saudáveis nas salas de aula, além de regulamentar leis que protejam a sociedade como um todo. No caso do tabagismo, é fundamental regulamentar a lei que cria ambientes 100% livres de fumo e a proibição da propaganda de cigarros em pontos de venda, que aguarda decreto há dois anos.
Há uma iniciativa boa na área do álcool, do Ministério Público de São Paulo, de fazer uma campanha mostrando que cerveja também é álcool, logo sua propaganda também deve ser regulamentada e exibida fora do horário em que crianças assistem TV.
Ao mostrarmos que hábitos saudáveis são protetores e que há produtos que devem ser tratados de forma diferente de outros, como o cigarro e o álcool, ajudamos a prevenção de várias doenças.
E precisamos lembrar, sempre, que cabe a nós, como representantes da sociedade civil, apoiar atitudes em busca de mais saúde e captar recursos para ajudar a salvar vidas. E cobrar dos governos a regulamentação das leis que protegem a sociedade como um todo.
CR: Para isso, acreditamos que é necessário trabalhar na base, nas escolas, com as crianças. Nossos governos precisam colocar a questão dos hábitos saudáveis nas salas de aula, além de regulamentar leis que protejam a sociedade como um todo. No caso do tabagismo, é fundamental regulamentar a lei que cria ambientes 100% livres de fumo e a proibição da propaganda de cigarros em pontos de venda, que aguarda decreto há dois anos.
Há uma iniciativa boa na área do álcool, do Ministério Público de São Paulo, de fazer uma campanha mostrando que cerveja também é álcool, logo sua propaganda também deve ser regulamentada e exibida fora do horário em que crianças assistem TV.
Ao mostrarmos que hábitos saudáveis são protetores e que há produtos que devem ser tratados de forma diferente de outros, como o cigarro e o álcool, ajudamos a prevenção de várias doenças.
E precisamos lembrar, sempre, que cabe a nós, como representantes da sociedade civil, apoiar atitudes em busca de mais saúde e captar recursos para ajudar a salvar vidas. E cobrar dos governos a regulamentação das leis que protegem a sociedade como um todo.